#include <manifesto>
#include <literatura>
using namespace poesia;
main()
{
printf("Manifesto da Poesia Compilada")
bit Pessoa = 1;
byte O_Conjunto_De_Pessoas = 11111111;
bytes Sociedade;
string texto = "Os bytes são o novo sinônimo de Sociedade. A poesia
está no silêncio caótico dos bytes. O algoritmo é a nova forma de
comunicação entre as pessoas; o idioma natural de cada ser humano.
A Poesia Compilada é apenas a expressão de como as pessoas
veem-leem-escrevem o mundo. É uma nova estética que trata os bits
não tão somente como compostos de 0 e 1, mas como a composição
de uma linguagem máquina-humana que flutua no tempo, que imerge
em barreiras e que está presente em tudo e em todos. Nós somos
máquinas. Function(programadas?!). Arte enérgica.
Se tomarmos como exemplo esta essência da Poesia Compilada, comparando-a com o 0
e o 1, teríamos o algoritmo e a poesia, em que ambos ora se completam,
ora fazem total oposição, mas o que interessa é que cada um existe
em sua essência.
Algoritmos não são apenas sequências de passos programadas por pessoas,
são projetos de vida, pensamentos palpáveis, a imaginação que vibra,
interpreta && ||executa.
A arte usada na Poesia Compilada é o que podemos chamar de algoritmo-poema.
A Poesia Compilada estará em tudo, porque ela traz em sua essência a
compilação. Os algoritmos já fazem parte da nossa corrente sanguínea,
assim como a poesia faz parte do gás carbônico que eliminamos da nossa
máquina universal chamada corpo. Sua mente agora está executando
este algoritmo desde que você começou a ler este manifesto. Você
_é _algoritmo.
A poesia compilada pode ou não executada para ser enquadrada como parte constituinte deste Manifesto. Ela também não precisa de um lugar específico para ser <
escrita. Papel, parede, embaixo da sandália, folha de árvore, editor Poesia(), banco de ônibus...> A Poesia Compilada é a poesia em qualquer lugar, contudo, o diferencial dela, em relação a outras poesias, é que ela se constitui como a compilação entre o código e o poema dito como convencional.
O código-poema não precisa ser feito somente de uma linguagem, ele
pode compilar diversas outras. As cores delineiam os trechos que se querem
dar destaque.
Programar por si só já poderia ser considerado poesia, pois, o
programador ao destrinchar seu pensamento lógico, em forma de código,
concebe a tríade ler, interpretar e expor, a entrada, o processamento
e saída de dados para um mundo que rotineiramente é feito, desfeito e
refeito, assim como a poesia pode se refatorar no contexto semântico
e sintático através do programador-poeta que compila ideias e do
usuário-leitor que as interpreta e usufrui da sua function().
A Poesia Compilada não é apenas mais um manifesto literário. Ele é
o Manifesto Literário, porque não expressa somente palavras e propõe
um novo estilo, ele representa seu eu, metódico, contraditório, loop
infinito desleixado, TOC pela busca incessante da realidade.
/* O verso é a quebra de linha do programa */
texto += "Fica decretado, então, que o programador e poeta não são
mais seres distintos, eles são um todo depois da publicação deste
Manifesto. Eles produzem arte, que utilizam metalinguagem, semântica,
sintaxe, linguagens, IDE's, editores, quebras de linhas e de paradigmas. Fica
decretado que todos os gêneros farão referência a este tipo de escrita
em suas entrelinhas."
return PoesiaCompilada++;
}
// Soraya Roberta dos Santos Medeiros - [S.R.]
// Felipe de Oliveira Lúcio Tavares
Nascida em 1995 em solo Potiguar, das terras de Jardim do Seridó, Soraya escreve crônicas, contos e poesia desde os 7 anos de idade. Em 2012, após entrar para o curso Técnico Integrado em Informática, pelo IFRN-Caicó, teve a ideia de começar a escrever o Manifesto literário Poesia Compilada. Atualmente cursa o Bacharelado em Sistemas de Informação, pela UFRN,CERES-Campus Caicó, colabora para o Mulheres na Computação e InspirAda na Computação.
Programador, inventar loucuras é atividade diária. Cria para os outros criarem o que você vê usando o que você não vê.
Loucuras: blog, @felipeoltavares, GitHub.